Vida
Dizendo verdades que não conhecia, declarando afetos que não sentia, cantando musicas sem melodia.
Assim seguia a vida, dia após dia, fingindo pro mundo que enganava a si mesmo.
Pensamentos, contos e relatos de uma realidade inventada por alma aprisionada, impedida de voar...
Dizendo verdades que não conhecia, declarando afetos que não sentia, cantando musicas sem melodia.
Assim seguia a vida, dia após dia, fingindo pro mundo que enganava a si mesmo.
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No fim de tudo foi isso que aprendeu, a brincar com fogo. Se não podia ter a segurança então que pegasse gosto pelo perigo. Convencera-se que a certeza era tediosa e que bom mesmo era viver o beneficio da duvida.
Divertia-se ao ver a surpresa alheia, ao perceber-se assim, tão bem resolvida consigo mesmo. Gostava de despertar uma duvida aqui ou sentimento acolá.
Se é ruim brincar com pessoas? Claro que é, mas também é infinitamente melhor do que ser brinquedo.
Se não podia ter quem queria, também não ia querer mais ninguém.
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Você já teve vontade de dormir? Não falo de ter sono, falo de ter vontade de dormir. De quando algo ruim está acontecendo, quando as coisas não estão caminhando do jeito que você pretendia e você só queria dormir agora e acordar quando tudo estivesse bem, quando tudo tivesse voltado aos eixos.
Dormir agora e só acordar no fim de semana, depois das provas, no fim do semestre, assim que sair a nota daquele trabalho difícil ou quando aquele projeto estiver terminado. Dormir e só acordar quando as coisas estiverem calmas.
O que fazer quando tudo o que você quer é dormir? O que fazer quando o melhor, provavelmente, seria não acordar?
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E num ímpeto surpreendente gritei a plenos pulmões:
- Bêbada vagabunda!
Imediatamente ela fixou em mim aqueles olhos verdes, arregalados e sóbrios como eu nunca havia visto antes. Olhos que me penetraram, hipnotizaram, então me tirando do transe ela me deu um tapa que de tão forte fez meu rosto virar, deixando-o imediatamente marcado.
Depois de alguns segundos, que me pareceram eternos, finalmente consegui olhá-la sentindo um misto de dor, raiva e, principalmente, surpresa que aumentou quando percebi que a face dela estava banhada em lágrimas.
Hoje entendo que ela era o que eu falei e sabia disto melhor do que ninguém e, exatamente por aquelas palavras serem verdade elas doíam tanto e, principalmente, por saírem da boca de alguém que era parte de suas entranhas, de sua zelosa e obediente filha.
Em silencio ela se virou e saiu andando cambaleante e sem rumo, desta vez, embriagada pela dor.
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